Carolina Borges
Sei que não deveríamos fazer amor, mas estávamos há tanto tempo sem esse toque que eu sofria por isso. Além disso, viajo amanhã e não tenho ideia de quando voltarei.
Não sinto nenhuma dor, apenas o desejo crescendo novamente, mas não quero acordá-lo. Sei que está exausto; durante todos os dias da minha internação, ele ficou ao meu lado. Entramos no quarto logo após o almoço, e agora já está escuro lá fora.
Me surpreendo ao olhar para o relógio e ver que já são mais de vinte horas.
A vontade de fazer xixi fica insuportável, e preciso ir ao banheiro. Levanto devagar, e seus braços me apertam com mais força. Espero-o relaxar um pouco, consigo me soltar e vou até o banheiro. Graças a Deus, não há sangramento e nem sinto cólicas.
— Amooooorrrrr… — Ouço o Bruno gritar do quarto.
Esse homem é mesmo desesperado. Começo a rir, vou até o closet, pego uma camisola e visto.
— O que foi, homem? Para que gritar? — Pergunto, entrando no quarto.
Ele está sentado no meio da cama, apena