Bianca Fagundes
Não vou mentir: estou em pânico com a notícia de que estávamos sendo vigiadas por um homem. Fiquei tensa ao saber que o Edu o agrediu e, quando já estávamos em casa, no quarto, desabei a chorar. Acho que toda essa aflição me atingiu no momento em que arrumava nossas malas.
O aperto no peito pela saudade que já sentia do meu armário humano começou ali. Hoje dormiríamos todos juntos e sairíamos de madrugada. Já tinha combinado tudo com a Cleide e o Henrique, e eles também estavam prontos, só aguardando a hora de embarcar.
Edu trouxe a Helena para dormir entre nós, e ela adorou a novidade. Explicamos que era porque o pai sentiria saudades dela nos dias em que estaríamos separados. Dormi mal, ansiosa, e acordei com o Edu me olhando com um brilho de desejo nos olhos. Sua mão acariciava meu corpo de um jeito tão gostoso que fechei os olhos para aproveitar… até sentir outra mão, por baixo da coberta, puxando a minha.
— Vamos para a sala, amor. Preciso compensar a saudade que