Eduardo Lira
Mas que porra eu fiz?
Ver minha mulher enrolada no lençol, com os olhos mostrando medo de mim, fez com que eu me sentisse o pior miserável dessa terra. Respirei fundo e mostrei as mãos, para que ela não ficasse ainda mais apavorada.
— Amor, me perdoa… por favor. Eu deveria ter conversado com você antes, em vez de te trazer direto para o nosso quarto. — Ela começou a relaxar e se sentou na beirada da cama, de costas para mim. Contornei a cama devagar.
— Ei… me perdoa. Fala comigo, por favor… — me ajoelhei no chão e encostei a cabeça entre as pernas dela, abraçando-a, enquanto ela escondia o rosto entre as mãos. Meu ódio por mim mesmo só aumentava.
— Poxa, Edu… eu me assustei. Você conseguiu quebrar nosso clima. — Bia respirou fundo e senti suas mãos no meu cabelo, me fazendo olhar para ela. — Acho que está na hora de esclarecer algumas coisas para você, não é? — concordei com a cabeça e ela me puxou para a cama, sentando-se de frente para mim, ajoelhada.
— Me diz o que est