34 - Neide Alves

Neide Alves

O ordinário do Gio ainda completou:

— Passe este final de semana com sua esposa no restaurante. Cortesia da casa. — Apertou a mão do porteiro, agradecendo.

— Gio, me põe no chão! É humilhante ficar assim. Meus vizinhos estão olhando pelas janelas! — Protestei.

— PORRA DE VIZINHO! VÃO TREPAR, BANDO DE DESOCUPADOS! — gritou, e todos sumiram das sacadas.

— Seu louco! Me solta! Já disse que posso andar sozinha! — reclamei, mas ele apenas deu um tapa na minha bunda.

Entramos no elevador. Uma vizinha ia entrar, mas desistiu ao ver a cena. Assim que as portas fecharam, ele me colocou no chão e eu fui para cima dele.

— Para com isso, bravinha… essa sua mão é pesada. — disse, segurando meus pulsos acima da minha cabeça. Tentou me beijar, mas desviei, e ele riu. — Você sabe que, quando entrarmos naquele apartamento, nem as paredes vão ficar de pé, não é?

A porra do meu corpo me traiu, reagindo à promessa. Rocei as coxas, tentando aliviar a tensão.

— Não se preocupe, vou apagar esse
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