Neide Alves
O ordinário do Gio ainda completou:
— Passe este final de semana com sua esposa no restaurante. Cortesia da casa. — Apertou a mão do porteiro, agradecendo.
— Gio, me põe no chão! É humilhante ficar assim. Meus vizinhos estão olhando pelas janelas! — Protestei.
— PORRA DE VIZINHO! VÃO TREPAR, BANDO DE DESOCUPADOS! — gritou, e todos sumiram das sacadas.
— Seu louco! Me solta! Já disse que posso andar sozinha! — reclamei, mas ele apenas deu um tapa na minha bunda.
Entramos no elevador. Uma vizinha ia entrar, mas desistiu ao ver a cena. Assim que as portas fecharam, ele me colocou no chão e eu fui para cima dele.
— Para com isso, bravinha… essa sua mão é pesada. — disse, segurando meus pulsos acima da minha cabeça. Tentou me beijar, mas desviei, e ele riu. — Você sabe que, quando entrarmos naquele apartamento, nem as paredes vão ficar de pé, não é?
A porra do meu corpo me traiu, reagindo à promessa. Rocei as coxas, tentando aliviar a tensão.
— Não se preocupe, vou apagar esse