Vanessa Díaz
Ver aquela mulher usar a própria gravidez para deixar Gustavo inseguro me enche de ódio. Ela não fará com ele o mesmo que fez comigo. Também não vou viver com essa dúvida na cabeça. Quando a agarrei pelos cabelos e revelei meu verdadeiro sobrenome, minha raiva só aumentou.
Mesmo sentindo a dor horrível na minha perna, não a solto. Só a deixo escapar porque me desequilibro. Continuaria segurando-a até fazê-la confessar que aquela criança não é do meu noivo. Pelo olhar dela, percebo que usará essa gravidez para tirar a paz de Gustavo. Mas ele não vai mais sofrer. Estou aqui agora.
Vê-lo tentando ajudá-la me dá raiva. Olho para ele como se pudesse mandá-lo direto para o quinto círculo do inferno de Dante. Ele percebe a minha fúria quando me ajuda a subir na maca, mas se salva quando o outro médico chega para trocar o gesso. Em seguida, coloca uma imobilização seca no meu braço.
— Senhora Díaz, seu braço não está quebrado, é apenas uma luxação. Em poucos dias poderá se livrar