Gustavo Lira
Preciso levar a Vanessa à emergência para trocar o gesso da perna. Ela me ajudou num momento em que eu estava sufocado pela angústia, mas acabou molhando os gessos. Sei que passou a noite com frio e não tem condições de viajar assim. Já teremos algo perigoso para enfrentar na Colômbia, não precisamos de mais um problema, uma gripe ou febre poderia atrapalhar tudo.
Vê-la atender meu telefone e agir como minha secretária me diverte. Talvez até pudesse trazê-la para trabalhar mais perto de mim… quem sabe? Explico a ela o motivo da ligação e seguimos até o hospital. Na saída do carro, discutimos por uma bobagem e me divirto.
Ela fica ainda mais linda quando está irritada. Passo a mão em sua cintura, ajudando-a a entrar na emergência, e ela vai saltitando com a perna boa. Solto uma risadinha aqui e ali, até ganhar alguns beliscões de leve no braço.
Um rapaz aparece com uma cadeira de rodas e, mesmo contrariada, Vanessa acaba se sentando. Ficamos lado a lado na recepção, aguard