Tânia Garcia
Desde que descobri a gravidez, tenho me sentido muito mais cansada. Sou grata a Deus por ter as meninas do home care me ajudando com minha mãe neste período. Hoje teríamos uma sessão de quimioterapia, mas o médico disse que não há mais motivos para continuar. A doença avançou tanto que ele apenas prescreveu medicação para controlar a dor que ela tem sentido. Vejo que ela se agarra à vida de um modo quase milagroso; às vezes penso que suporta tudo isso porque o Júlio não está aqui para me dar apoio.
— Dona Tânia, sua mãe está chamando por você. Esperei sua visita sair para avisá-la. — A técnica de enfermagem me procura.
— Pode me chamar sempre, não importa quem esteja comigo. Minha mãe é prioridade. Como ela está? — As meninas que trabalham aqui morrem de medo de sair na sala e dar de cara com o que não deviam. No início, eu também tinha esse receio, mas já me acostumo com toda essa situação.
— Depois que sua amiga saiu do quarto, ela disse que estava cansada e decidiu dor