Bruno Alcântara
Nossa noite começou divertida, em família, rindo e fazendo planos, mas infelizmente não durou muito. Precisamos socorrer a esposa do nosso amigo. Como já tinha ligado para o Marius, era questão de tempo até o Júlio chegar, mas mesmo assim o avisamos sobre o ocorrido.
Enquanto a Carol e minha irmã ficavam com a Tânia em seu momento de dor e luto, eu e o Cláudio providenciamos tudo para o velório e o sepultamento da dona Rosy. Passamos a madrugada com a Tânia; minha esposa não queria deixá-la sozinha naquela casa enorme.
De manhã, acordei cedo e preparei um café reforçado. Ouvi a porta sendo aberta — imagino que seja o Júlio, já que ninguém tocou o interfone. Aproximo-me e o abraço.
— Oi, Bruno. Cadê a Tânia? Estão todos aqui? — Ele estava com uma cara cansada e parecia ter chorado. Sabíamos que ele se apegou bastante à dona Rosy.
— Oi, ela ainda não desceu. Na verdade, ninguém desceu ainda. Acordo cedo, velhos hábitos. Vá até ela; ontem foi um dia muito difícil. Meus se