Eduardo Lira
Hoje terei um dia corrido. Preciso ir à escola da Helena para entender melhor o que houve com aquele choro dela. Passei a semana muito ocupado no escritório, foi um caso atrás do outro. Hoje, os meninos conseguiram me convencer a ir ao show que terá hoje. Convidei a Vanessa, mas ela disse que já tem companhia para ir essa noite, o que me deixou frustrado com a rejeição.
Gustavo entra na minha sala todo afoito e se senta à minha frente, coçando a cabeça.
— Edu, como você se sai em casos criminais? Sempre pegamos casos de família e, às vezes, financeiros. — Tento puxar na minha mente, mas não lembro de nenhum caso.
— Gustavo, acho que não peguei nenhum. Sempre estive com você em todos os casos que já pegou, mas por que a pergunta? — Volto a minha atenção para ele.
— Um dos sócios me pediu para pegar um caso específico de homicídio. Não existe arma do crime, o acusado foi preso por terem testemunhas, mas as câmeras não mostram ninguém entrando no local. Temos como argumento