76 Os limites existem para serem seguidos.
— Não o estou chamando de medroso, longe de mim, não há ninguém mais corajoso que o nosso soberano! — Aisha gargalhou diante de seu nervosismo.
— Sabe, ele gosta de aparecer de surpresa, cuidado! — brincou com Samia.
Samia olhou ao redor, receosa, principalmente para a porta por onde elas haviam passado.
— Meu amo. Me perdoe! — ela se levantou imediatamente, se virando para a porta, fazendo Aisha se levantar para olhar também.
Logo caiu na gargalhada, vendo Aisha corar. Ela não acreditou haver conseguido fazer uma cena tão boa a ponto de enganar a amiga, que ficou pasma com a sua atuação.
— Eu fui enganada? — Aisha perguntou, descrente, ainda olhando para a porta vazia enquanto ouvia a outra gargalhar.
— Você enganou-me? — Aisha caiu na própria armadilha e não acreditava que outra pessoa tivesse feito melhor.
— Sinto muito, eu não resisti! — confessou a outra.
— E se isso me assustasse? — Aisha questionou, olhando agora para a outra.
— Não hoje, acabávamos de falar sobre sentimentos.