Vincenzo para diante da cama, o olhar vagando lentamente pelo corpo dela, sem pressa, até encontrar os olhos que o encaram de volta.
Há medo neles, sim, mas o brilho nítido da insegurança, está ofuscado pela chama teimosa de quem nasceu para desafiar, não para se curvar.
— Irá dormir assim, bella? — Vincenzo questiona, a voz rouca e envolvente, carregada de uma provocação que arranha por dentro.
A mão alcança a toalha em seu pescoço e, sem pressa, ele a desliza pelo abdômen ainda úmido, como se o gesto fosse mais para ser visto do que para secar.
— Qual é exatamente o seu problema? — Vittoria pergunta, o tom firme, mas carregado de desconfiança. — Um instante atrás, você me ameaçava como um inimigo. Agora, finge se importar com o modo como irei dormir. — Completa, sentando-se na ponta da cama.
— Aquilo não foi uma ameaça, foi um aviso, amore mio. — Corrige, a voz baixa e arrastada, com um magnetismo perigoso que escorre por cada sílaba. — Na verdade, eu te dei o privilégio de escolher