Vincenzo a observa por um instante, e o que vê aperta-lhe o peito. As lágrimas escorrem silenciosas pelo rosto dela, traçando caminhos úmidos sobre a pele pálida.
A expressão é devastadora, cada traço, cada olhar baixo, cada respiração contida deixa nítido o quanto a culpa a está despedaçando por dentro.
— Foi um acidente, Vittoria. — Vincenzo declara, a voz firme, mas baixa, enquanto desvia o olhar para a estrada à frente.
— Quantos, Vincenzo? — Vittoria insiste, desta vez com mais ênfase nas palavras, como se quisesse arrancar dele uma resposta que teme ouvir, mas que arde dentro dela como um peso impossível de suportar.
— Três. — Responde, quase em um sussurro, enquanto os dedos se fecham com força ao redor do volante, os nós das mãos ficando brancos sob a pressão.
O pranto que explode dos lábios de Vittoria é alto e rasgado, carregado de dor.
Os soluços tomam conta do carro, fazendo seu peito arfar descompassadamente, enquanto a realidade a atinge com a força de um golpe que tir