Vincenzo desliza as mãos pelas costas dela e encosta um beijo demorado em sua testa, como se agradecesse em silêncio pela força que ela encontrou quando ele não pôde estar ali.
— Ela ficou trinta e dois dias na UTI. — Vittoria continua, com a voz embargada pela memória que ainda dói. — Tinha tantos fios, Vince, e ela era tão frágil que eu tinha medo até de respirar perto dela. Eu rezava todas as noites, pedindo para você protegê-la do céu, suplicando para que você implorasse a Deus que não levasse a nossa filha de mim, porque eu não teria forças para sobreviver a mais uma perda.
Vincenzo fecha os olhos por um instante, como se o peito se abrisse em dois, e puxa um ar trêmulo enquanto a sustenta nos braços, como se quisesse amparar cada pedaço quebrado que ela um dia carregou sozinha.
— Mas ela lutou, Vince. — Declara, entre lágrimas que brilham de emoção. — Ela lutou tanto, tão pequenininha, mas tão forte. E quando ela abriu os olhos pela primeira vez, eu juro que vi você ali. O teu o