O homem se afasta e fala no rádio, sem tirar os olhos dela por um segundo sequer, mantendo a arma firme na mão.
Alguns minutos depois, os portões se abrem com um rangido pesado, e Vittoria é guiada pelos corredores da sede, avançando até o salão principal enquanto o eco dos passos acompanha cada batida acelerada do seu coração.
As lembranças voltam com violência, rasgando a mente dela como se cada dia em que foi mantida prisioneira naquele lugar estivesse acontecendo de novo.
A dor e o medo retornam com a mesma intensidade sufocante, fazendo o corpo dela tremer como se ainda estivesse presa naquele inferno.
— Ora, ora, que surpresa, piccola. — Elia comenta, assim que Vittoria cruza a porta do salão principal, deixando a voz escorregar em uma satisfação perigosa. — Sentiu saudades do teu quarto, bambina? — Pergunta, se levantando devagar e caminhando de maneira predatória em direção a ela, como se cada passo fosse uma ameaça antiga que voltava à vida.
Vittoria sente o medo se infiltrar