Em Savoca, Tommaso se encosta na porta do escritório de Rocco, como se ainda pudesse enxergar a própria versão criança aprendendo as primeiras lições da máfia dentro daquele lugar.
Ele está mentalmente exausto por tudo o que está acontecendo, se repreendendo por não prever a armadilha que os aguardava na sede e permitindo que a culpa pese sobre cada pensamento.
Ele se sente quebrado por ter se despedido da mulher que ama e incompetente por deixar Vittoria escapar, como se cada erro fosse uma marca gravada em sua própria pele.
— Tommaso. — Fabrizio chama, com a voz firme, tentando arrancá-lo daquele transe pesado que parece engolir cada pensamento dele.
— Deixe-me terminar de matá-lo. — Tommaso pede, desejando com todas as forças concluir o que Vittoria começou, porque, contra todas as possibilidades, Rocco ainda respira.
— Que merda é essa? — Pergunta, incapaz de acreditar no que acabou de ouvir, encarando o irmão como se ele tivesse perdido o juízo. — Ele é o nosso Don, Tommaso.
— O