Vittoria permanece imóvel, como se a pergunta de Vincenzo desestabilizasse todas as certezas frágeis às quais tenta, em vão, se agarrar.
Não encontra palavras para responder, porque, no fundo, nem ela mesma sabe o que está fazendo ali.
Só sente essa força contraditória dentro de si: uma parte que a impulsiona em direção a ele, e outra que grita para fugir.
— Só estou tentando ajudar. — Vittoria responde, enquanto os dedos deslizam, quase sem perceber, pelo próprio braço em um gesto inconsciente de proteção. — Como isso aconteceu?
— Estou exausto demais para mais uma briga com você. — Vincenzo declara, virando-se como quem tenta não somente se afastar fisicamente, mas também fugir do caos silencioso que ela provoca dentro dele. — Portanto, considere este assunto encerrado.
No entanto, ele para no mesmo instante em que sente as mãos de Vittoria pousarem sobre seus ombros, suaves, quase hesitantes, como se, sem uma única palavra, ela implorasse silenciosamente para que ele não se afastas