O olhar de Vincenzo recai sobre Tommaso, carregado de exigência e desconfiança. Não há necessidade de palavras, a pergunta está clara no silêncio tenso entre eles: Quem é aquela mulher?
— Você parece confuso, Vincenzo!
O nome dele escapa dos lábios dela com uma familiaridade que não deveria existir, íntimo demais para uma estranha, ousado demais para alguém que nem sequer deveria estar ali.
— Eu deveria conhecer você? — Vincenzo questiona, abaixando a arma com um movimento lento, mas sem perder a tensão no corpo.
— Antonella Mancini. — Se apresenta, com um leve movimento de queixo e os dedos deslizando pelos longos fios loiros, como se cada gesto fosse parte de um espetáculo silencioso.
Em seguida, vira o rosto com elegância, os olhos se fixando em Tommaso com uma serenidade que impõe mais do que qualquer ordem dita em tom alto.
— Tommaso, por que não nos deixa a sós? — Pergunta, como quem não faz um pedido, mas determina com sutileza.
— Senhorita Mancini. — Vincenzo começa, sem alt