Vittoria sorri, e o gesto é sereno e melancólico ao mesmo tempo, porque, mesmo naquele mundo manchado por segredos, mentiras e dores, o amor deles ainda parece a única coisa verdadeiramente pura e real que ela conhece, a única que, apesar de tudo, continua resistindo.
— E agora você não está mais colaborando com eles? — Vittoria pergunta, o tom firme, enquanto folheia as páginas com cuidado.
— Não. — Vincenzo responde, o olhar endurecendo ao recordar. — Porque o meu contato teve a audácia de ameaçar vocês para me fazer ceder, e naquele instante percebi que não devia nada a ninguém além da minha própria família.
Ela esboça um leve sorriso, quase imperceptível, mas o gesto se desfaz no mesmo instante em que seus olhos encontram o nome da mãe naquele arquivo, e o ar parece lhe escapar, levando junto qualquer traço de serenidade que ainda restava em seu rosto.
As lágrimas escorrem pelo rosto de Vittoria a cada linha que ela termina de ler, o coração apertando ao perceber o quanto sua mã