Giuliano força o corpo dolorido até conseguir se sentar, o gosto metálico do sangue ainda preso entre os dentes.
Seus dedos, roxos e sem força, mal obedecem, mas ele insiste, agarra a barra da própria camisa e, com dificuldade, limpa o rosto coberto por lágrimas e sangue, tentando apagar da pele os rastros da humilhação.
— Bastardo, figlio di puttana. — Giuliano murmura, o olhar tomado por raiva, cada palavra saindo em tom rouco e amargo, como se cuspisse o próprio orgulho ferido diante de Vincenzo, o homem que o reduziu à humilhação.
Sob os olhares dos seguranças, Giuliano se levanta com dificuldade, o corpo respondendo em espasmos de dor a cada movimento.
Ele reúne o pouco de força que lhe resta e sobe as escadas devagar, cada degrau ecoando o peso da derrota.
— Sua hora irá chegar, maledetto. — Sussurra, aperta os dedos na maçaneta e abre a porta do quarto para recolher seus pertences, o olhar frio e a respiração pesada de quem já não sente dor, somente ódio.
Enquanto isso, assim