Vincenzo sente a raiva pulsar em cada fibra do corpo, um calor violento subindo pelo peito até a garganta, sufocando qualquer tentativa de calma.
Ele beija a cabeça de Vittoria, mas o gesto, que deveria ser afeto, se transforma em descarga de fúria, os lábios pressionam com força, como se o toque pudesse conter a tempestade que o consome.
Em seguida, ele se afasta e levanta-se com brusquidão, o corpo rígido, o olhar distante e a respiração pesada, tomado por um desejo frio e perigoso de partir os dedos de Giuliano até que ele aprenda a medir o que escreve.
— Fique com ela, Bianca. — Vincenzo ordena, em seguida atravessa a sala em passos largos, o corpo ainda rígido pela raiva, dirige-se até a porta e a alcança antes que qualquer resposta venha.
— Vincenzo. — Vittoria chama, correndo até a porta, o coração acelerado e a voz embargada pela urgência de impedir que ele vá embora.
Ela tenta abrir a porta, mas Vincenzo segura a maçaneta pelo lado de fora com força, o pulso firme e os dedos