Vittoria sente o corpo recuar por instinto, como se a simples menção ao nome do irmão a atravessasse como um golpe certeiro.
O coração dispara e o sangue parece gelar nas veias, os olhos se arregalam em descrença, vasculhando o rosto de Vincenzo em busca de qualquer indício de que aquilo seja somente um engano cruel.
Mas não há ironia, apenas a confirmação silenciosa estampada no olhar dele.
A respiração dela se torna curta, presa na garganta, e os dedos se apertam contra o colchão, buscando firmeza em meio ao caos.
A mente insiste em rejeitar a ideia, repetindo que Giuliano sempre foi um garoto gentil, alguém incapaz de algo tão monstruoso.
— Não. — Vittoria balbucia, a voz embargada, como se a garganta se fechasse e o ar lhe fosse arrancado. — Giuliano, não, ele não poderia, ele é só um garoto.
O choro a domina de repente, intenso e sufocante, enquanto ela se agarra à negação como se fosse sua última defesa.
Como pode o menino que ela jurou proteger a qualquer preço ser capaz de al