Os dias seguiam com uma cadência delicada, entre planos de casamento, visitas a fornecedores e momentos íntimos que ninguém mais poderia compreender. Rafael e Elisa já não precisavam falar muito; bastava um olhar para que se entendessem. A cumplicidade que crescia entre eles era mais do que amor: era sintonia, confiança, entrega.
Naquela manhã, Elisa acordou sentindo o calor do corpo de Rafael ao seu lado. Um sorriso brotou sem esforço, lembrando-se de como, meses atrás, nunca teria imaginado se sentir tão segura com alguém. O passado ainda existia em ecos distantes, mas Rafael era a ponte que a conduzia para o presente, para a leveza de um amor verdadeiro.
Bom dia, minha metade — disse ele, a voz suave, quase um sussurro.
Ela se virou, encostando a testa na dele. O toque era pequeno, mas carregava toda a força de uma conexão profunda. — Bom dia, meu abrigo. — E ela sorriu, sentindo que aquelas palavras eram mais reais do que qualquer plano ou sonho que pudessem ter.
O dia estava res