Capítulo 9
Enquanto Beatriz e Zaya caminhavam de volta em direção à mansão, de braços dados, uma paz que ela não sentia há anos a envolvia. Era uma sensação frágil, ela sabia, como um orvalho que poderia evaporar com o primeiro raio de sol forte, mas naquele momento, era real. Ela não estava sozinha. Tinha sua irmã de alma ao seu lado e um guardião misterioso que lhe oferecera um porto seguro.
Zaya, por sua vez, absorvia cada detalhe da propriedade com um misto de admiração e desconfiança aguçada. A beleza do lugar era inegável, mas seus instintos a avisavam que tanta tranquilidade escondia segredos profundos, e segredos, em sua experiência, eram sempre perigosos. A fachada imponente da mansão já não lhe parecia tão acolhedora; agora, se assemelhava mais a uma fortaleza, e ela precisava saber quem era o general que a comandava e quais eram suas verdadeiras intenções.
— Preciso falar com ele, Bia — Zaya disse, sua voz baixa mas firme, quebrando o silêncio contemplativo. — Não posso