Capítulo 24 – Sangue Lunar
O céu amanheceu tingido de vermelho.
Não era o nascer do sol.
Era um presságio.
Kael sentiu primeiro — um calafrio que percorreu sua espinha, algo primal, como se a própria terra estivesse sussurrando.
Riven, silencioso, apenas observava Ana. Seus olhos — prateados como a lua — brilhavam mais intensamente desde a noite anterior. Algo havia mudado nela. Algo profundo.
— O que aconteceu quando você tocou o Reflexo? — Kael perguntou.
— Ela falou da minha filha — respondeu Ana, a voz firme. — Como se a conhecesse.
— Como se… ela já existisse em outro tempo.
Riven se aproximou, os olhos cravados nela.
— Porque talvez exista. Ou existiu.
Ana franziu o cenho.
— Está dizendo que ela... viajou no tempo?
— Não exatamente. Mas se você for quem eu suspeito... então ela é parte de algo muito mais antigo do que esse mundo.
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Eles partiram em direção às Ruínas de Lirien, um local proibido e esquecido, onde outrora existiram as Fadas Sagradas — criaturas puras, guardiãs d