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Capítulo 15 – A Profecia Dividida
A fortaleza de Kael estava em silêncio.
Mas não era o silêncio da paz — era o da guerra prestes a explodir.
Quando Ana passou pelos portões, todos os olhares se voltaram para ela. Seus olhos prateado e dourado brilhavam sob o manto escuro, e as marcas em sua pele ondulavam como runas vivas.
Ninguém ousou detê-la.
Nem mesmo os guardas-lobos.
Kael estava no salão principal, os punhos ensanguentados, o peito subindo e descendo em fúria contida. Riven estava ao lado da lareira, de braços cruzados, como se já soubesse o que viria.
Quando Ana entrou, ambos a olharam. E se calaram.
Ela parou diante deles.
— Temos pouco tempo — disse, firme. — A criatura que me atacou era um servo do Véu Sombrio. E alguém aqui… está o ajudando a me caçar.
Riven estreitou os olhos.
— Isso é uma acusação?
Ana o encarou, sem piscar.
— É um fato. Alguém sabe da profecia. E quer impedir que eu a cumpra.
Kael franziu o cenho.
— Que profecia?
Ana ergueu a mão, revelando um novo