A mão de Ethan ainda segurava a de Ema com uma firmeza controlada, e o salão do museu parecia sumir ao redor deles. As vozes e luzes se tornaram um pano de fundo difuso enquanto ele a conduzia por entre as obras, em direção a uma sala lateral mais tranquila, onde uma instalação artística chamava atenção apenas pela sua simplicidade: uma única escultura de mármore branco, com traços suaves de um casal prestes a se tocar, os dedos estendidos quase se encontrando, mas não o suficiente.
— Essa é sua favorita? — Ema perguntou, parando diante da peça. — Esperava algo mais... explosivo.
— É. Porque tem tudo o que não conseguimos ser... — Ethan disse, com o tom mais baixo que já havia usado naquela noite. — A escultura representa o instante antes do toque. A expectativa. O não dito. É sobre timing... e o medo de quebrar o momento certo.
Ema prendeu a respiração por um segundo, apenas o suficiente para se lembrar de que estava ali com ele. Ethan. O homem que partira seu coração. O mesmo que ag