O toque do celular rompeu o silêncio no Abrigo Médico do Bando Crista de Prata, e, ao ver o nome de Emma aparecer na tela, Victoria atendeu de pronto, permitindo que sua voz, antes cortante, se tornasse inesperadamente suave:
— Emma, querida? O que houve? — Perguntou ela.
— Mamãe… — Choramingou Emma pelo telefone, a voz fraca e assustada. — Está doendo tanto... Minha barriga está queimando, e eu tenho vomitado. Por favor, peça ajuda ao Papai.
O rosto de Victoria empalideceu e sua mão apertou com força a cadeira de rodas com detalhes em preto corvo, enquanto sua loba eriçava de ansiedade sob a pele, pressentindo o perigo naquele desenvolvimento.
— Não! — Sibilou em tom aflito, e seu cheiro se elevou em picos nítidos de medo. — Não chame ele, Emma. Espere por mim, eu vou até aí.
Assim que desligou a chamada, sua mente se lançou em um turbilhão de possibilidades, pois, se Ethan percebesse que o transplante de Emma estava apresentando complicações, não demoraria a investigar a procedência