Sofia:
Corri pelos corredores o mais rápido que minhas pernas
permitiam, tentando não chamar atenção, embora meu coração batesse como um tambor descompassado. Eu precisava fazer aquela ligação. O que vi nas últimas duas horas simplesmente não fazia sentido. Não havia tempo para dúvidas ou hesitações.Depois de passar por três guardas e quatro corredores, alcancei meu quarto. Fechei a porta com força e girei a chave, encostando-me na madeira fria por um breve instante. Meu peito subia e descia rapidamente, e a urgência parecia vibrar em cada célula do meu corpo.
Com mãos trêmulas, peguei o telefone escondido no bolso do avental. Meu polegar pressionou as teclas com a familiaridade de um hábito perigoso. O som dos toques do outro lado parecia interminável até que, finalmente, um