Detetive:
Eu não sou o tipo de homem que entra em pânico facilmente. Passei a vida toda como policial e quase nada me derruba. Mas minhas filhas? Elas são outra história.
— Leah, querida — eu disse, puxando-a para um abraço apertado. — O que diabos está acontecendo? Sua mensagem me deixou apavorado.
— Eu estou bem, pai — Leah respondeu, retribuindo o abraço. — A emergência não é comigo.
Afastei-me o suficiente para olhar em seus olhos, mantendo as mãos em seus braços. Leah tinha me ligado ontem pedindo ajuda. A voz dela estava estranha, contida. Ela não deu muitos detalhes, o que me deixou inquieto. Fiquei aliviado por vê-la bem.
— Do que você está falando?
— Minha amiga precisa da sua ajuda — Leah disse, e lançou um olhar por cima do ombro. Foi quando uma jovem saiu discretamente de uma mesa próxima. Ela veio na nossa direção, hesitante.
— Esta é minha amiga, Giulia Bianchi.
— A misteriosa namorada de Matteo Romano? — ergui uma sobrancelha, apertando a mão que ela estendeu.
— Não é a