Dante Salvatore
O hospital nunca foi um ambiente confortável, parecia com a minha vida. Era engraçado e trágico fazer esse comparativo, mas era a verdade, quando eu apenas sabia viver para servir aos propósitos do que achava que era o correto.
Eu estava parado à porta do quarto de Ester há alguns minutos, sem saber se entrava ou se voltava pelo mesmo corredor sem olhar para trás. Mas não era uma escolha de verdade. Então respirei fundo e entrei.
Ela estava desacordada, exausta pelo parto e pela cirurgia de emergência que salvou sua vida. Eu não sentia felicidade ou tristeza, mas um alívio. Ele não merecia uma história trágica sobre o seu nascimento.
Olhando ao redor, a única coisa que se movia no quarto além dos monitores era o pequeno berço ao lado da cama. Meu filho.
Por um segundo, hesitei. Me aproximei devagar, como se ele fosse de vidro e pudesse se despedaçar se eu chegasse muito perto.
— Pode pegá-lo, senhor Salvatore. — A voz da enfermeira me tirou do transe. — Ele já foi alime