Chegamos à casa de Min-ho sob o véu da noite, o ar fresco carregado com o cheiro de flores silvestres que ladeavam a entrada. A casa era modesta, mas acolhedora, uma construção de madeira com janelas amplas que refletiam as estrelas, escondida em uma rua tranquila, longe de olhares curiosos. Ele abriu a porta com uma chave que tilintou suavemente, e eu entrei primeiro, o coração ainda acelerado pela saída corrida do Planetário até ali, misturada à antecipação do que ainda viria.
O interior era iluminado por uma luz suave de abajur, revelando uma sala aconchegante e masculina: sofás de couro macio, estantes cheias de livros e uma lareira apagada que prometia calor em noites mais frias. Min-ho fechou a porta atrás de nós, o clique da porta soando como uma promessa de privacidade. Ele se virou para mim, os olhos escuros brilhando com aquela intensidade que me fazia derreter, e sorriu.
— Bem-vinda ao meu refúgio, senhorita escritora. — murmurou, aproximando-se e roçando os lábios na minha