Luísa
Desci do carro e respirei fundo. O ar era diferente ali. Mais fresco, úmido, com cheiro de mato, de água por perto, de tranquilidade. O tipo de lugar onde as pessoas vêm para esquecer do mundo — e eu teria o privilégio de ajudar a construir esse refúgio.
O resort ainda era só uma ideia no papel e um terreno imenso cercado por verde, mas na minha cabeça já começava a tomar forma. Caminhei com cuidado entre o mato baixo e os pontos demarcados por estacas no chão, ouvindo as explicações do engenheiro responsável e as ideias preliminares do arquiteto.
Era tanta coisa pra pensar, mas minha cabeça já trabalhava a mil.
Vi a área da recepção e imaginei um lobby amplo, arejado, com madeira clara, plantas tropicais e móveis que convidam ao descanso. As suítes, distribuídas ao longo do terreno com privacidade e vista para a natureza, surgiam na minha mente como se já existissem. A área do spa, o restaurante com janelas de vidro, a piscina de borda infinita — tudo fluía dentro de mim como u