Eduardo
Quando Gabriella comentou sobre o projeto social que a Luísa participava, confesso que fiquei curioso. Ela falou como quem já estava decidida a ir: "Ela ajuda em um lugar que acolhe mulheres e crianças. Quero ir com ela um dia." E, sem pensar muito, eu disse que iria também. Não sei exatamente o que me atraiu naquela ideia — talvez a vontade de ver a Gabriella em um ambiente diferente, talvez só o desejo de fazer algo útil.
Na sexta-feira, acordamos cedo e seguimos com Luísa e Leonardo. O lugar era simples, mas vivo. Logo na chegada, as crianças correram para abraçar Luísa como se ela fosse uma grande amiga. Era bonito ver o carinho ali — genuíno, leve, quase como se aquele lugar, com todas as dificuldades, fosse um refúgio.
Leonardo me chamou para conhecer algumas coisas. Me levou até o fundo do terreno, onde havia uma pequena horta comunitária.
— Fizemos isso juntos aqui há algumas semanas. Foi ideia da Luísa, claro. Eu só fui o braço forte — e às vezes desajeitado — do proj