No dia seguinte, Amanda acordou com uma convicção ardendo no peito. Não podia mais ficar sentada esperando respostas pingarem pelas beiradas das mentiras. Precisava ir até a fonte. E, naquele jogo de silêncios e manipulações, só uma pessoa parecia saber mais do que todos e escolher o que dizer — e o que esconder.
Vitória Mancini.
O nome já vinha carregado de aço. Mas Amanda não se intimidaria. Não mais.
Entrou na Construtora Mancini como quem invade um campo inimigo. O salto firme no mármore, o olhar decidido. Não era mais a jovem confusa do início dessa história. Era alguém com tudo a perder — e exatamente por isso, sem medo de arriscar.
— Quero falar com a dona Vitória Mancini — disse, de forma seca, à secretária do último andar.
A mulher ergueu os olhos, visivelmente desconcertada.
— A senhora tem horário marcado?
— Não. Mas é importante. Pessoal. E urgente.
O silêncio da secretária durou o tempo de um julgamento silencioso. Amanda não desviou o olhar. Depois de alguns segundos de