Pablo Rodriguéz
Alicia me fita, arqueando a sobrancelha.
— Não gosto do Tony Stark — Morde o lábio e revira os olhos —, prefiro o Capitão América.
Dou risada do absurdo que ela acaba de dizer.
— Quem, em sã consciência, prefere o Capitão América?
— Eu? — Dá de ombros, abrindo as duas mãos.
— Deve ser porque o Chris Evans é bonitão — bufo com a constatação.
— Não acho o Chris Evans tudo isso, mas não gosto do Tony Stark porque ele não passa de um riquinho mimado e arrogante. — Cruza os braços.
Não contenho a gargalhada.
Ela acabou de se descrever ao falar do herói da Marvel: riquinha, mimada e arrogante.
Talvez não tão arrogante e mimada, mas riquinha, isso ela com toda certeza é.
Alicia está com um vinco entre as sobrancelhas, sinal de que está irritada.
E por que raios estou achando ela tão linda assim?
— Qual é a graça?
— Nenhuma. — Levanto as mãos em rendição, ainda rindo, e ela bufa, revirando os olhos.
— Me diz qual é a graça, Pablo! — Empina aquele nariz bonito, imponente