Alicia Pamuk
— Somos nós — quase grito, indo em direção ao homem.
— Como meu neto está? — Angela se apoia em meu braço e o médico dá um sorriso simpático.
— Removemos a bala, por sorte ela não atingiu nenhum órgão vital. Estávamos esperando Pablo acordar da anestesia.
Um sorriso se forma em meus lábios, junto com a sensação de alívio.
— Podemos vê-lo? — Brenda pergunta.
— Uma pessoa por vez — alerta.
Não iria pedir para passar na frente da sua família.
— Pode ir, filha. — Angela faz um carinho em meu braço.
— A senhora tem certeza?
— Vai, Alicia — Brenda diz impaciente e então sigo o médico.
— Eu volto logo — digo me virando para trás.
Entro no quarto, vendo Pablo escorado na cama, e corro até ele, eu quero abraçá-lo, mas tenho medo de machucá-lo.
Ele está pálido e usa uma bata sem mangas do hospital, o curativo no ombro é maior do que eu imaginei. Seguro sua mão e dou um beijo rápido em seus lábios.
— Está sentindo dor? — pergunto, passando os dedos por seu braço.
— Você está de p