Pablo
O trânsito tranquilo aparentemente vai permitir que eu chegue rápido no prédio de Alicia , estou ansioso para pedir perdão a ela e prometer que nunca mais a deixaria sozinha.
Brenda está me ligando sem parar e me pergunto o que ela quer com tamanha urgência, aproveito que paro no farol para atender a sua ligação.
Tenho uma sensação estranha.
— O que foi, Brenda? — bufo.
— Tem algo de errado, Pablo, tem algo de errado... — Ela está nervosa e sinto um calafrio.
— O que está errado, Brenda? Está me assustando — digo firmemente.
— A Alicia , Pablo, eu estava com ela no telefone... — ela fala tão rápido que custo a entender. Vejo o sinal abrir e tenho a sorte de encontrar um lugar para estacionar em frente a um quiosque.
— Fale com calma, por favor — Ouço-a respirar pausadamente.
— Eu estava com Alicia no telefone, dizendo que você tinha percebido que fez besteira e que estava indo vê-la. — Começo a me irritar.
— Não tinha que fazer isso... — meu tom de voz deixa claro meu desagra