Pablo Rodriguéz
Ouvir sobre a vida de Christiny era estranho, sentia como se ela estivesse traindo meu amigo e eu sei que sou um egoísta por pensar em tudo dessa forma.
Ela seguiu em frente, viveu seu luto, criou sua própria marca de roupas e agora está noiva de um italiano.
Ela está feliz e é isso que importa, tinha que, no mínimo, ficar contente por ela ter refeito sua vida.
— Eu soube da sua esposa, eu sinto muito — diz afagando meu braço. Ouvir as pessoas falando de Clarice é como se uma ferida quase cicatrizada fosse reaberta, eu não falava sobre ela porque trazia lembranças de momentos que nunca mais iriam se repetir —, mas o que você tem feito? Me desculpe tocar nesse assunto.
— Está tudo bem — minto.
— Você não me disse o que faz aqui? Você estava no evento?
— Eu? Em um evento cheio de almofadinhas? — digo, me arrependendo ao lembrar que ela tinha saído do mesmo lugar que Alicia tinha entrado. — Sem ofensas. — Christiny ri do meu desconcerto. — Sou motorista de uma dondoc