Enquanto eu esperava a chegada do meu irmão, Pietro, que seria meu acompanhante até o altar, fiquei ali me permitindo um momento de introspecção. Olhei para o reflexo do meu vestido: um modelo deslumbrante em renda branca, com um corpete delicadamente trabalhado e uma saia que caía em ondas suaves, terminando em uma longa e elegante cauda. A tiara de flores, em tons de branco e rosa, realçava meus cabelos lisos castanhos, e brincos discretos brilhavam em minha orelhas. Eu estava me sentindo uma verdadeira princesa, pronta para um novo capítulo que vai começar da minha vida.
Mas, naquele instante, uma lembrança doce e ao mesmo tempo dolorosa invadiu meus pensamentos. Lembrei me do meu pai mais uma vez,de como ele me tratava com tanto carinho, sempre me chamando de sua "princesa". Lembrei me dos meus abraços fortes, do seu sorriso acolhedor, das broncas gentis quando eu aprontava. A saudade apertou o meu peito, uma dor familiar que nunca desaparecia completamente. Aquele lugar no altar,