Eu não vou mentir: fiquei, sim, sentida com o que escutei do Pietro. Por mais que o nosso casamento seja apenas um contrato, e que eu saiba que não posso me apaixonar por ele, ele não precisava ter falado daquele jeito. Segurei o choro e fingi que não ouvi nada. Subi direto para o escritório.
Depois de um tempo, os dois voltaram e fomos embora. Pietro disse que o Taylor ia almoçar com a gente, e eu não liguei. A casa é dele, ele sabe o que faz. Depois do almoço, pedi desculpas e avisei que precisava me encontrar com a dona Rosa no salão de cabeleireiro. Como o Pietro não ia usar o motorista, pedi ao senhor João para me levar.— Boa tarde, senhor João, poderia me levar até o salão? — perguntei.— Boa tarde, dona Melinda. Claro que posso. — ele respondeu.— Obrigada. — falei sorrindo.— Não precisa agradecer, esse é o meu trabalho. — disse ele, simpático.— Mesmo assim... — respondi, ainda sorrindo.Entrei no carro, e segu