— Não, filha, ele não esteve! Depois que sua tia saiu, ninguém mais apareceu por aqui — avisou minha mãe, da cozinha.
Meus batimentos aceleraram ainda mais. Olhei para Alexandre, assustada. Ele parecia lerdo, aturdido. Fechei a porta, encarando-o.
— Você acha que ele pode...? Eu vou ligar pra Ana Liz. Ele pode estar em casa, né?
Eu tremia. Sabia do quadro dele. Alexandre já tinha me contado: internações, recaídas…
— Ele estava furioso mais cedo. Com você. Mas... — Alexandre coçou a nuca, como se nem conseguisse colocar em palavras o que pensava.
Entrei, e ele veio atrás. Peguei minha bolsa, tirei o celular e disquei para Ana Liz.
— Não, Vihh… O seu pai tá no hospital. Talvez nem volte hoje... — respondeu ela. — Quer vir ficar comigo?
Não era o momento. Minha cabeça latejava. E pelo olhar de Alexandre, só via o pior. Ele começou a ligar para uma lista de contatos, um por um. A cada resposta negativa, o medo crescia dentro de mim como um monstro.
— Eu vou sair procurando nos lugares que