Alexandre assentiu. Não precisávamos discutir. Estava claro, eu também queria ficar. Queria ele. Mas sabia que as consequências daquilo podiam não ter volta.
— Mas como é que eu vou embora com isso? — perguntei, puxando a barra da blusa dele que agora cobria meu corpo. Era larga demais, mas macia, cheirando a ele. O olhar dele percorreu o tecido, e seus lábios se curvaram num sorriso leve.
— Posso comprar algo pra você — respondeu com segurança, mas seus olhos denunciavam que a ideia o divertia. — Mas… preciso admitir que essa blusa fica melhor em você do que em mim.
Ri, acompanhando o tom. Mas, sinceramente, eu não achava nada sexy na minha aparência naquele momento, com o cabelo embaraçado e os olhos ainda inchados da noite anterior.
— Melhor que compre um vestido parecido com o que você rasgou ontem — retruquei, provocando, vendo-o inclinar levemente a cabeça, um gesto quase culpado.
— E o que mais? — ele perguntou, chegando mais perto. — Posso te dar mais alguma coisa?
Não esperei