Cheguei ao meu quarto nervosa, suando e trêmula. Eu não esperava uma festa. Ana Liz havia comentado sobre a ideia, mas eu pensei que fosse demorar que ainda daria tempo de fazê-la mudar de ideia.
Abri a porta, entrei rapidamente, e mal me virei para fechá-la, dei de cara com Alexandre, parado ali, preocupado. Não era o momento. Mas talvez, fosse o único momento.
— Entra — falei, vendo-o hesitar por um segundo. Ainda assim, entrou.
Usava uma camiseta azul claro, uma bermuda folgada preta de tecido leve e chinelos. Era diferente do seu jeito habitual. Caminhou alguns passos, observando o quarto, a decoração infantil, os detalhes que denunciavam que aquele espaço não era, de fato, meu.
— Eu não tenho nada a ver com isso — disse, ainda analisando o ambiente. Sentei na cama, tentando recuperar algum raciocínio, focando em inspirar e expirar devagar.
— Expira... inspira, Mavi... — sussurrei para mim mesma, tentando me acalmar.
— Eu tentei avisar a seu pai... mas ele quer te agradar. Só não e