Embora Marina tenha falado baixo, sua mãe e suas tias a escutaram. Como era de esperar, elas a ignoraram. Marina tinha um senso de humor exótico. Ela costumava fazer piadas desconfortáveis ou autodepreciativas, além do que, sempre fora um tanto maluquinha. Seus pais sempre encorajaram seu lado artístico. É claro que "artístico" era apenas uma forma de eles não dizerem "maluco". Seu pai a achava divertida, e sua mãe... bom, sua mãe era uma versão dela.
— Cadê Isa? — Tia Cicinha mais uma vez perguntou. Então ela avistou a filha finalizando a produção com um delicado véu. Marina viu os olhos de sua tia encherem de lágrimas e não conseguiu segurar as suas. Algo em ver uma mãe tão emocionada com a filha fazia seu emocional virar uma manteiga. — Meu Deus, minha filha... você tá linda!
— Obrigada, mãe. Como está lá fora? — Isa quis saber.
— Estão todos aqui, estão esperando você. Seu pai até passou um perfume pra acompanhar você. — Tia Cicinha falou chorosa.
Isa bateu palmas.
— E Felipe? Voc