Capítulo 47

Capítulo 47

Luna

A carta chegou dobrada com precisão. Nenhuma assinatura, nenhum cheiro. Apenas uma folha branca, escrita com tinta vermelha, e uma foto que me fez sentir como se o chão tivesse desaparecido sob meus pés.

Ela parecia comigo.

Não era parecida como uma sósia de rua. Era parecida como um reflexo no espelho distorcido apenas pela cor dos cabelos. Eu, com meu castanho escuro sempre em desalinho. Ela, ruiva, os fios vibrando como chamas, mas com o mesmo queixo anguloso, a mesma boca teimosa, o mesmo olhar feroz — ou perdido. Eu não sabia ao certo.

O alvo vermelho estampado no meio da testa dela era o que mais me prendia os olhos. E abaixo da imagem, rabiscadas com fúria e ameaça, as palavras:

“Me entregue Luna, ou a irmã gêmea de Luna morrerá.”

Gêmea?

Ri. Um riso curto, quase nervoso. Era isso. Mais uma jogada suja de Rivas, tentando me desestabilizar. Era uma montagem. Uma provocação. Nada além de uma mentira bem arquitetada.

Fechei a mão ao redor da carta e da foto, sentin
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