NARRAÇÃO DE BRADY DAWSON...
Ao retornar para a mansão, só havia um nome ecoando na minha mente: Christian, o Consigliere. Ele era o único que possuía as chaves de todos os quartos. E aquele quarto, em especial, não deveria ser tocado. Era sagrado. Era maldito.
Ninguém tinha o direito de entrar ali, muito menos Sara.
Subi as escadas em silêncio. O toque frio no corrimão trouxe à tona a lembrança dos olhos assustados dela. No corredor, vi que a porta continuava aberta. Respirei fundo, sentindo a velha raiva se misturar com um incômodo estranho.
Odeio me aproximar daquele quarto. As lembranças ali são o pior tipo de veneno.
Toquei a maçaneta, e o rangido me soou como um sussurro de aviso. A escuridão dominava, apenas a luminária ao lado da cama projetava um clarão fraco sobre as paredes nuas. Estranhamente, não havia mais nada dela. Os vestígios de Kate haviam sido apagados.
Entrei devagar, com as mãos nos bolsos. Muitos temem este quarto. Temem o peso da morte que ainda habita aqui. Nem