NARRAÇÃO DE BRADY...
Nunca pensei que um papel, uma simples assinatura, pudesse pesar tanto... e, ao mesmo tempo, aliviar tudo o que eu carregava.
Sara agora é minha esposa. Minha mulher. Meu porto seguro.
E o som dessas palavras ainda parece surreal.
Enquanto o juiz de paz anunciava o “sim”, tudo ao meu redor sumiu. Só existia ela.
O sorriso, os olhos marejados, as mãos tremendo um pouco sobre a caneta dourada — cada detalhe me atravessou como uma vitória que custou caro demais.
Passei por infernos que ninguém imagina. Dormi noites sem sono, carregando culpas e lembranças que me rasgavam por dentro. Mas agora… agora ela está aqui, de aliança no dedo, com o sobrenome que carrego com tanto peso.
E, pela primeira vez, esse nome não me pareceu uma maldição.
Quando o juiz deu por encerrado, senti um riso escapar. Stefan, claro, riu alto e me lançou aquele olhar debochado de sempre — o típico “eu avisei que dava certo”. Meu pai respirou fundo, e eu quase juro que vi orgulho nos olhos dele,