NARRAÇÃO DE BRADY
A nevasca lá fora não dava trégua, mas no interior do carro o calor era outro — e não vinha só do aquecedor. Sara estava deitada ao meu lado, o cobertor sobre nós, e cada vez que eu me inclinava para beijá-la, sentia seu corpo reagir.
Os beijos começaram calmos, explorando cada canto dos lábios, mas logo se tornaram mais intensos. Minhas mãos encontraram caminhos, deslizando por cima do casaco dela, contornando a cintura, subindo pelas curvas que o tecido escondia. Ela também me tocava, sem pressa, mas com uma ousadia tímida que me arrancava um sorriso contra a boca. Foi importante sentir aquela entrega, mesmo que apenas através de carinhos e beijos respeitosos. Por mais que a vontade fosse outra.
Desejava arrancar sua roupa e aquecê-la de forma voraz, instintiva. Ah, sexo... nem me lembro da última vez. O corpo dela era um vício; o meu gritava para experimentá-la, para possuí-la por inteiro. Mas mantínhamos os limites. Cada toque prolongado dizia o que ainda não est