NARRAÇÃO DE EVELYN...
A cena que vi me fez prender a respiração.
Stefan esfaqueava o pescoço de um segurança sem parar; seu pai estava parado ao lado, com as mãos no bolso, sereno diante de uma imagem tão violenta.
Coloquei uma mecha de cabelo atrás da orelha e disfarcei a tensão quando seus olhos me encontraram. Respirava ofegante, com as mãos sujas de sangue. O que eu deveria fazer? Gritar? Pedir socorro? Ligar para a polícia...? Não. Entrei neste barco ciente do quanto Stefan é louco. Seria irônico surtar agora, afinal: minha nova vida é cercada por mafiosos.
Pedi o mínimo: antes de dormir ao meu lado, que ele estivesse de banho tomado — Deus me livre ele tocar minha pele com sangue humano.
O que me restou foi voltar ao quarto para terminar de arrumar nossas bolsas, enquanto ele e o pai trabalhavam juntos, sumindo com as provas e com o cadáver.
E, claro, eu queria dar a notícia a Yumi em primeira mão.
Depois de malas prontas, fui ao quarto de Yumi — talvez cheguei atrasada. Abri a