NARRAÇÃO DE BRADY...
Confesso que não me surpreendi ao ver o valor que ele transferiu. No fim das contas, Sara agora era tão bilionária quanto eu.
Isso nos ajudaria. Calaria a boca dos que vivem de preconceito. Silenciaria os mafiosos que ousassem torcer o nariz quando eu, por vontade própria, assumisse um relacionamento com uma mãe solteira.
William Jones sofrera para enviar cada centavo. O corpo suado, a respiração arfante, o rosto coberto de sangue. Quando o depósito foi confirmado, ergueu a cabeça, cuspindo dentes e rancor.
— Espero que elas morram antes de tocar no meu dinheiro... — murmurou, com um sorriso falho.
Abaixe-me até ficar na altura de seus olhos. Sorri e balancei a cabeça.
— Morrer...? A única pessoa que vai morrer hoje é você.
Ele se debateu contra as cordas que prendiam seus braços à cadeira. O olhar se transformou em raiva, rangendo os dentes como fera acuada.
— Você disse que, se eu enviasse a droga do dinheiro, me soltaria!
Suspirei, puxando o revólver do coldre.